Tendências de Mercado – 02 de dezembro 2022

A soja recuperou parte das fortes perdas da sessão anterior e encerrou o pregão desta sextafeira com ganhos moderados na bolsa de Chicago. O óleo manteve o tom negativo da véspera e voltou a
fechar em baixa, o que chegou a pressionar o grão por um momento, mas no decorrer do dia o mercado
foi prestando mais atenção à safra Sul Americana e inverteu para o território positivo, onde se manteve
até o fechamento. As previsões climáticas de hoje passaram a mostrar quase nenhuma chuva para os
próximos 15 dias na Argentina, o que deve continuar complicando a vida dos produtores hermanos.
Conforme relatório de ontem da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio da soja na Argentina atinge
apenas 29% da área, ante 46% em igual período do ano passado, e é sabido que quanto mais tardio o
plantio ocorre menores são as produtividades. Diante disso, no fechamento o contrato de janeiro do grão
subia 8,75 centavos.

O milho acabou sendo influenciado pelas perdas relevantes do trigo e do petróleo e encerrou o pregão desta sexta-feira com preços mais fracos na bolsa de Chicago. A extensão do acordo para o corredor de exportação do Mar Negro tem feito os investidores se desfazerem fortemente de suas posições compradas em trigo e milho, e para completar, o petróleo recuou 1,5% hoje, todos fatores negativos para o cereal. No fechamento o contrato de março caía 14,25 centavos.

O trigo encerrou o pregão desta sexta-feira com perdas relevantes nas bolsas dos EUA. Desde que o acordo para continuidade do corredor de exportação do Mar Negro foi estendido, os investidores tem liquidado posições compradas em milho e principalmente trigo, lembrando que este último chegou a operar perto dos Us$ 13,00 por bushel quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Agora, com as exportações de trigo fluindo quase que normalmente destes dois países, os investidores não vêem motivos para manterem-se comprados, por isso o março caiu 22,00 centavos na CBOT e 19,50 em Kansas City.

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