A soja iniciou a semana demonstrando alguma volatilidade, e depois de oscilar cerca de 20 centavos entre mínimas e máximas e de mudar de lado várias vezes no decorrer do dia, a oleaginosa encerrou o pregão desta segunda-feira com perdas leves na bolsa de Chicago. Na parte da manhã o mercado parecia querer continuar com as compras especulativas por conta do clima ainda incerto nos EUA, mas aos poucos foram surgindo relatos de chuvas em parte do Meio Oeste no fim de semana, inclusive algumas que não estavam previstas, o que fez o mercado virar para o negativo. Os modelos da
tarde mostraram melhores acúmulos nos próximos 7 dias, incluindo a região central do país que é a mais
necessitada e o Leste do Corn Belt, e foram confirmados mais alguns cargos de soja brasileira zarpando rumo aos EUA, o que selou o destino do grão. Por isso, ao fim do pregão o julho caía 2,50 centavos enquanto o novembro perdia 4,00 pontos.
O milho foi o destaque negativo do dia e encerrou o pregão desta segunda-feira com perdas relevantes na bolsa de Chicago, sobretudo no contrato SPOT. A colheita de uma safrinha recorde está tendo início no Brasil, e isto significa maior concorrência com os EUA neste período em que se esperava alguma demanda fora de época pelo milho norte americano, já que a Argentina teve uma quebra forte em sua safra. As chuvas do fim de semana nos EUA e a previsão de novas precipitações no curto prazo ocasionaram vendas especulativas, por isso o julho caiu 11,50 cents e o dezembro recuou 4,25 pontos.
O trigo destoou dos demais e encerrou o pregão desta segunda-feira com ganhos moderados nas bolsas dos EUA. A situação climática no Hemisfério Norte foi a principal causa das compras especulativas de hoje, pois chuvas excessivas no extremo Sul dos EUA e a falta de precipitações no Norte das Grandes Planícies, no Sul do Canadá e em importantes produtores europeus estão colocando em dúvida aquela previsão de um amplo abastecimento global de trigo nesta temporada. Por isso ao fim do pregão o julho subia 5,00 centavos na CBOT e 10,00 em Kansas City.
