


A soja novamente encontrou suporte no clima da América do Sul e na esperança de uma retomada econômica global liderada pela China e encerrou o pregão desta quarta-feira com bons ganhos na CBOT. No país asiático o governo segue sinalizando abrandamento das restrições por conta da Covid, aumentando a esperança do mercado de que a economia global pode se beneficiar da retomada no
país mais populoso do mundo, já que Europa e EUA se encaminham para a recessão. Além disso, para a
América do Sul as previsões climáticas seguem mostrando poucas chuvas para a Argentina, onde o plantio continua bastante atrasado devido à falta de umidade do solo. Porém, para o longo prazo a
tendência é de melhora, com a La Nina convergindo para um cenário de neutralidade ali por fevereiro,
por isso a previsão para o trimestre de jan-fev-mar indica um cenário mais normal (ao lado). No fechamento o grão subia 17,00 centavos no janeiro.


O milho recebeu algum suporte das boas altas dos seus vizinhos e encerrou o pregão desta quarta-feira com ganhos moderados na bolsa de Chicago. O cereal tem vivido dias de raras emoções, com as atenções dos investidores mais voltadas para a soja, por conta do clima na América do Sul e dos movimentos da China, e para o trigo, por isso o milho atua mais como coadjuvante, ou tipo uma
“Maria vai com as outras”. Hoje a queda do dólar ajudou a dar algum suporte, mas a nova queda do
petróleo atrapalhou, por isso o milho caiu 4,00 centavos no março.


O trigo parece ter cansado de tanto apanhar nos últimos dias e acabou passando por um bom repique técnico nesta quarta-feira, encerrando o dia com altas relevantes nas bolsas dos EUA. Desde o dia 01/novembro até ontem o cereal acumulava queda próxima a 20% na CBOT, e se levarmos em conta o pico de preço atingido em meados de maio o recuo passa de 40%. Apenas nestes primeiros dias de dezembro o cereal acumulava queda de mais de 8%, por isso é natural que uma hora ocorra o chamado “repique do gato morto”. O março subiu 20,50 centavos na CBOT e 18,75 em Kansas City.


