

A soja foi suportada por fatores próprios e externos e encerrou o pregão desta sexta-feira com bons ganhos na bolsa de Chicago. A recente escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia volta a levantar temores de que a guerra possa causar uma deterioração ainda maior na relação entre Ocidente e
Oriente, além da possibilidade de algum tipo de impedimento nos embarques de grãos da região do
Mar Negro. Como reflexo, o petróleo subiu mais de 2% enquanto que o trigo disparou quase 4%, na
maior alta diária desde setembro, o que acabou “respingando” sobre as cotações dos grãos vizinhos.
A situação climática na América do Sul também serve como fator de suporte à oleaginosa, pois o Rio
Grande do Sul, estado que disputa o posto de segundo maior produtor de soja do Brasil, e a
Argentina continuam sob déficit hídrico e com suas safras em declínio, gerando compras especulativas.
Ao fim do pregão o grão subia 23,25 cents no março.




O trigo foi o destaque positivo do dia e liderou os ganhos vistos nos grãos, subindo quase 4% e encerrando o dia com a alta diária mais expressiva desde setembro passado. A situação bastante tensa entre Rússia e Ucrânia, com o aumento recente nos combates e promessa de novas sanções por parte do Ocidente contra a Rússia, geraram compras especulativas no cereal. Além disso, o acordo de exportação pelo Mar Negro expira no próximo mês, e a recente escalada no conflito coloca em xeque sua renovação. Por isso no fim do dia o março subia 28,75 centavos na CBOT e 30,00 em Kansas City.


