A soja foi o destaque positivo do dia e encerrou o pregão desta segunda-feira com fortes ganhos na bolsa de Chicago, suportada principalmente pela situação climática na América d Sul. Na sexta a oleaginosa inverteu para o negativo depois que o USDA cortou “apenas” 2,0 milhões da safra brasileira em seu relatório mensal, mas hoje os investidores voltaram às compras especulativas por conta da situação nada animadora para o Centro Oeste Brasileiro. Como mostra o mapa ao lado, nos últimos 30 dias (até ontem) algumas localidades do MT, GO e MATOPIBA receberam algo entre 15 e 60mm de chuvas acumuladas, o que é claramente insuficiente para um bom desenvolvimento das lavouras. Para piorar, as previsões de hoje mostram chuvas boas apenas a partir do dia 19, ou seja, previsões pouco confiáveis, o que ocasionou as compras especulativas. Por isso o janeiro subiu 32,00 centavos.
O milho foi mais influenciado pelas perdas fortes do trigo do que pelos bons ganhos da soja e encerrou o pregão desta segunda-feira com quedas moderadas na bolsa de Chicago. Como volta e meia comentamos, o quadro de oferta e demanda norte americano costuma ditar o rumo das cotações dos grãos na bolsa, e no caso do milho sabemos que a situação é bastante confortável nos EUA, por isso o cereal não encontra motivos para subir mesmo que as coisas não estejam indo tão bem no Brasil. Por
isso ao fim do pregão o contrato de março recuava 4,00 centavos.
O trigo foi o destaque negativo do dia e encerrou o pregão desta segunda-feira com perdas relevantes nas bolsas dos EUA. Com as altas recentes o cereal dos EUA voltou a ser pouco competitivo ante seus principais concorrentes, por isso não foram anunciadas novas vendas para a China e os investidores suspeitam que o país asiático pode ter encerrado temporariamente suas compras de trigo norte americano, o que gerou vendas especulativas visando ao lucro. Por isso ao fim do pregão o março caía 22,25 centavos na CBOT e 28,75 pontos em Kansas City.
