A soja manteve-se sob pressão nesta quarta feira e encerrou o pregão de hoje com perdas de leves a moderadas na bolsa de Chicago. Pode-se dizer que tivemos um “repetéco” do que ocorreu na véspera, com a tensão do mercado financeiro levando investidores a retirarem capital de ativos considerados de maior risco, diante da possibilidade crescente de um problema mais sério no setor bancário norte americano e, provavelmente, mundial(pelo menos ocidental). Notícias nada animadoras sobre novos bancos declarando falência nos EUA, Credit Suisse com suas ações caindo cerca de 30% (e com possibilidade de “default” subindo de 38% para 47%), entre outras notícias nada animadoras fizeram o petróleo despencar cerca de 5%, e além disso, ocorreram novas chuvas na Argentina entre ontem e hoje (ao lado), o que ajudou a pressionar as cotações da soja na CBOT. Ao fim do pregão o contrato de maio do grão caía 7,25 centavos.
O milho ficou dividido entre as perdas da soja e os ganhos do trigo e encerrou o pregão desta quarta-feira com preços mistos na bolsa de Chicago. Como tem sido comum ultimamente, os vencimentos mais próximos refletiram a quebra na safra da Argentina e o atraso do plantio da safrinha brasileira em alguns estados, enquanto os contratos mais longos ficaram à mercê de vendas especulativas por conta da possibilidade de um aumento maior do que o esperado na área a ser plantada com o cereal nos EUA neste ano. Ao fim do pregão o grão subia 5,75 centavos no maio.
O trigo teve um pregão relativamente calmo nesta quarta-feira e encerrou o dia com ganhos leves nas bolsas dos EUA. Como comentamos ontem, o mercado já vem sobre-vendido há algum tempo, por isso neste momento há pouco ou nenhum espaço para novas vendas especulativas no cereal, e eventualmente os investidores acabam enxergando uma oportunidade de recompra considerando que trigo na faixa de Us$ 7,00/bushel pode ser uma pechincha. Diante disso, ao fim do pregão de hoje o maio subia 6,50 centavos na CBOT e 2,00 pontos em Kansas City.
