

Soja
Depois das fortes quedas de ontem alguns analistas acreditavam que a soja poderia passar por
um repique técnico hoje, mas não foi bem o que aconteceu. Pelo contrário. Novamente tivemos um cenário bastante propício às vendas especulativas, com o trigo e o milho liderando as perdas e recuando
mais de 3% e contaminando a soja. Com o fechamento de hoje o grão foi ao menor patamar de
preço desde o final de 2021 (gráfico ao lado), e tudo indica que, sempre partindo de uma safra norte
americana normal, o fundo do poço pode estar ainda um pouco distante. Meu palpite é que se os EUA
colherem algo em torno das 123-125 mls de t que se projeta, poderemos ver o contrato de novembro
operando entre Us$ 10,00 e Us$ 11,00 por bushel ali por set/out. Veremos. Além da má influência dos
vizinhos, a previsão de uma safra global recorde na atual temporada também pesa sobre soja, por isso
hoje o julho caiu 27,00 centavos.

Milho

O milho foi um dos destaques negativos do dia e encerrou o pregão desta quarta-feira com perdas acentuadas no contrato SPOT da CBOT. Pela manhã o USDA anunciou um novo cancelamento de compra prévia por parte da China, de 272 mil toneladas, que seriam para embarque ainda na temporada atual, e isto, somado à renovação do corredor de exportação do Mar Negro por mais 60 dias, exerceu forte pressão sobre as cotações do cereal. Ao fim do pregão o contrato de julho do milho caía 19,75 centavos.

Trigo

O trigo juntou-se ao seu vizinho mais próximo, o milho, e também encerrou o pregão desta quarta-feira com perdas relevantes nas bolsas dos EUA. A renovação do corredor de exportação do Mar Negro foi confirmada por mais 60 dias, o que exerceu forte pressão vendedora no trigo e no milho. Além disso, a colheita da safra de inverno no Hemisfério Norte vai se iniciando, gerando aumento sazonal de oferta e também exercendo alguma pressão sobre os preços, ainda que os rendimentos nos EUA deverão ficar bem abaixo do ano passado. O julho caiu 22,00 cents na CBOT e 9,75 na KCBT.

