Soja
Num pregão em que o milho foi o destaque, a soja, mesmo tendo ficado um pouco de lado, também apresentou comportamento altista nesta terça-feira. Ao final da tarde de ontem o USDA surpreendeu o mercado ao apontar melhora de 4% nas condições das lavouras de soja dos EUA (ao lado com detalhes), sendo que estados importantes como Iowa, Indiana, Illinois, Dakota do Sul e Missouri apresentaram melhora expressiva puxando a média nacional para cima. Porém, nem isto foi suficiente para convencer os investidores a entrarem vendendo posições hoje, pois as altas expressivas do milho e as previsões pouco animadoras para as próximas duas semanas nos EUA serviram para manter o mercado comprador. Os mapas de hoje mostram poucas chuvas para Iowa, Illinois, Indiana, Sul de Minnesota, Dakota do Sul e Nebraska nos próximos 7 dias, mantendo a safra em xeque. Por isso o grão subiu 8,00 cents no agosto e 17,25 no novembro.
Milho
O milho foi o destaque positivo do dia e encerrou o pregão desta terça-feira com bons ganhos na bolsa de Chicago. Ontem a Rússia confirmou sua retirada do acordo de exportação do Mar Negro, e a noite bombardeou o porto de Odessa, o que pode comprometer a capacidade de exportação de milho poucas semanas antes do início da colheita na Ucrânia. Rumores de novas compras de milho dos EUA por parte da China e a eterna preocupação com o clima nos EUA também ajudaram, por isso o grão disparou 29,50 centavos no setembro e 28,50 no dezembro.
Trigo
O trigo também demonstrou firmeza e encerrou o pregão desta terça-feira com bons ganhos nas bolsas dos EUA. Os novos ataques russos ao porto de Odessa durante a noite geram o temor de que o país possa tentar impor algum tipo de “cerco” à Ucrânia, impedindo os embarques de grãos e comprometendo o abastecimento global de milho e trigo, principais produtos de exportação ucranianos. A previsão de mais um período de poucas chuvas para o Norte dos EUA e a forte onda de calor na
Europa também deram suporte, por isso o setembro subiu 17,00 cents na CBOT e 12,00 na KCBT.
