Soja
Mais uma vez, todos os que esperavam um repique técnico nesta quinta-feira acabaram frustrados. Num primeiro momento até surgiu uma luz no fim do túnel, com o contrato de julho chegando a operar com ganhos de dois, mas depois da reabertura a oleaginosa inverteu e voltou ao negativo, onde se manteve até o fechamento. Novamente uma série de fatores manteve os baixistas no controle, com os fundos ainda liquidando posições compradas na soja, no milho e no trigo. As vendas semanais norte americanas vieram até que boas para a oleaginosa, mas só se levarmos em conta o ano comercial 2023-24 (que se inicia em 01 de setembro), pois para a temporada atual as vendas foram pífias. As quedas mais relevantes dos cereais e do petróleo, além da ausência de algum fator altista (inclusive climático) selaram o destino da soja, que caiu 3,75 cents no julho. Acho que nesta sexta o repique vem!!
Milho
O milho foi mais uma vez influenciado pelos cancelamentos de compras prévias de produto norte americano e encerrou o pregão desta quinta-feira com perdas moderadas no contrato SPOT da bolsa de Chicago. O gráfico na primeira página mostra o comportamento das vendas semanais dos EUA, com compras e cancelamentos chineses, demonstrando que o país asiático assumiu um papel de destaque no comércio de milho norte americano. A ausência de qualquer motivo para algum tipo de “temor climático” por lá e a queda do petróleo também influenciaram, por isso o julho caiu 6,25 centavos.
Trigo
O trigo continua se destacando e voltou a liderar as perdas vistas nas cotações dos grãos nesta quinta-feira nas bolsas dos EUA. Apesar dos analistas que percorrem os estados do Sul das Grandes Planícies norte americanas estarem reportando produtividades abaixo de 30 bushels por acre nas lavouras de inverno, o clima começa a se tornar favorável tanto ao plantio quanto ao desenvolvimento das lavouras de primavera, o que ajudou a exercer pressão sobre o cereal. A extensão do corredor do Mar Negro também segue pesando, por isso o julho caiu 13,75 cents na CBOT e 28,50 em Kansas City.
