A soja enfrentou uma onda de vendas especulativas nesta quinta-feira, e como resultado, o grão encerrou o dia com perdas relevantes e recuou quase 2% nos vencimentos mais próximos da CBOT. Depois da decisão do FED ontem de manter a taxa de juros nos EUA e de sinalizar mais um aumento de
0,25% ainda este ano, e de adiar o início de um ciclo de cortes para a segunda metade do ano que vem, o
mercado financeiro acabou reagindo mal devido ao aumento do temor de uma recessão na maior economia do mundo. Além disso, alguns mapas mostram chuvas para parte da região central do
Brasil nos próximos 15 dias, o que também pressionou, assim como o resultado fraco das vendas semanais dos EUA. Agora me pergunto: imaginem se estas previsões para os EUA (ao lado) tivessem ocorrido lá por jul/ago, o banho de sangue que não teríamos hoje? Ao fim do pregão desta quinta o contrato de novembro da soja recuava 26,25 pontos.
Apesar de ter demonstrado o desempenho “menos ruim” dentre os três grãos aqui citados, o
milho não fugiu à regra e também encerrou o pregão desta quinta-feira com cotações mais fracas na bolsa de Chicago. Os motivos apontados na soja foram basicamente os mesmos que afetaram negativamente as cotações do cereal hoje, ou seja, pessimismo no mercado financeiro por conta da postura do FED, vendas semanais dos EUA que não empolgam, entre outros. Ao fim do pregão o
contrato de dezembro do milho recuava 7,00 centavos.
O trigo teve o mesmo triste fim dos demais grãos aqui citados e também encerrou o pregão desta quinta-feira com perdas relevantes nas bolsas dos EUA. Conforme mapa que consta na primeira página, seguem ocorrendo chuvas de boa intensidade na região central do país, o que, apesar de atrapalhar um pouco o andamento da colheita da safra de verão e o plantio do trigo de inverno, serve para repor a tão necessidade umidade do solo para o cereal se desenvolver até entrar na dormência. Diante disso, ao fim do pregão o dezembro caía 13,00 centavos na CBOT e 18,50 em Kansas City.
