A soja foi influenciada tanto por fatores próprios quanto externos e encerrou o pregão desta segunda-feira com bons ganhos na bolsa de Chicago. A situação cada vez mais tensa no Leste Europeu, com os bombardeios russos na região do rio Danúbio ucraniano (fato denunciado pela Romênia no fim de
semana) eleva cada vez mais a treta entre Otam, da qual a Romênia faz parte, e a Rússia, o que causou
um movimento grande de compras especulativas em trigo e milho. O primeiro, aliás, fechou no limite de
alta na CBOT (+60 pontos), o que “respingou” sobre a soja. Além disso, a situação climática nos EUA continua também muito tensa, pois os mapas seguem mostrando chuvas limitadas para os próximos 10 dias, com temperaturas máximas beirando os 40º na região central do país justamente num momento em que grande parte das lavouras está na fase reprodutiva. Por conta disso, ao fim do pregão o setembro subia 24,25 centavos.
O milho também foi influenciado diretamente pelo aumento das tensões entre Otam e Rússia e pelo clima nos EUA e encerrou o pregão desta segunda-feira com ganhos fortes na bolsa de Chicago. Na verdade não há muito a ser comentado aqui além do que já falei na soja, com o mercado comprando para especular com o clima nos EUA e os bombardeios recentes na Ucrânia, por isso ao fim do pregão o contrato de setembro do milho disparava 33,50 centavos.
O trigo novamente foi influenciado pela infinita treta entre Rússia e Ucrânia e encerrou o pregão desta segunda-feira com ganhos expressivos nas bolsas dos EUA. A CBOT colou no limite de alta ainda na parte da manhã e lá se manteve, enquanto em Kansas as cotações ficaram beirando o limite o dia todo. Não se sabe ao certo a quantidade de grãos perdidos nos recentes ataques e como a Ucrânia fará para exportar sua produção de agora em diante, pondo em risco o abastecimento global, por isso o setembro disparou 60,00 centavos na CBOT (limite) e 58,25 pontos na KCBT.
