Tendências de Mercado – 26 de outubro 2023

A soja repetiu a dose do pregão anterior e voltou a fechar com cotações moderadamente mais fracas nesta quinta-feira na CBOT. Pela manhã a oleaginosa até tentou esboçar reação e chegou a operar com cerca de 10 pontos de alta, mas aos poucos os investidores voltaram a olhar para a metade Sul do Mundo, onde os modelos mais analisados pelo mercado continuam mostrando condições mais amigáveis nos próximos dias. Ao lado temos o mapa do modelo GFS (Global Forecast System), que mostra uma leitura bem parecida com a do modelo Europeu até 03 de novembro, com chuvas interessantes em praticamente toda a Argentina que devem variar entre 25 e 50mm. Claro que tais montantes não solucionam 100% dos problemas hídricos do país, mas já é um começo e justo quando o plantio da safra de verão está em andamento. Isto, aliado à queda do petróleo, fez a soja cair 8,75 centavos no novembro

O milho se situou entre as perdas moderadas da soja e os ganhos também moderados do trigo e encerrou o pregão desta quinta-feira com cotações próximas à estabilidade na bolsa de Chicago. Por um lado, a notícia de que a Ucrânia suspendeu os embarques de grãos pelos portos do Mar Negro deu um pouco de suporte ao cereal, pois isso tende a prejudicar o abastecimento global não só de trigo como também de milho, mas por outro, as quedas do petróleo, da soja e a previsão de clima mais favorável na América do Sul exerceram alguma pressão. Por isso o dezembro recuou 0,75 centavos.

O trigo recuperou as perdas relevantes da véspera e encerrou o pregão desta quinta-feira com bons ganhos nas bolsas dos EUA. A Ucrânia suspendeu temporariamente seus embarques de grãos pelos portos do Mar Negro pela constante ameaça gerada por forças russas, e esta interrupção no fluxo de trigo e milho partindo do país acabou dando suporte ao cereal, pois pode gerar demanda extra por produto norte americano. Ao fim do pregão o contrato de dezembro subia 11,00 centavos na CBOT e 5,75 pontos em Kansas City.

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