

Diz o ditado que “quando a fase não é boa tudo ajuda a piorar”, e parece que com o mercado de grãos tem sido assim ultimamente. Hoje o “vilão” do dia foi o milho (vou deixar para entrar em detalhes mais para frente para não ficar sem assunto), que caiu cerca de 3% no contrato de julho e afetou negativamente os seus vizinhos. Além disso, as vendas semanais norte americanas de soja vieram novamente para o lado baixo das expectativas, enquanto as previsões seguem mostrando cenário favorável tanto ao andamento do plantio quanto ao desenvolvimento das lavouras já semeadas na metade Sul dos EUA, fatores que selaram o destino da oleaginosa hoje. Apesar de o petróleo ter passado por um leve repique depois do tombo recente, o óleo de soja despencou quase 3%, afetando negativamente também o grão. Diante disso, ao fim da jornada o contrato de julho caía 11,00 centavos.


O milho roubou a cena hoje e liderou as quedas vistas nos preços dos grãos na bolsa de Chicago, recuando mais de 3% no contrato de julho. O USDA anunciou novos cancelamentos por parte da China, totalizando 560 mil toneladas nesta semana, pois ao que parece o país asiático pretende comprar do Brasil mais barato agora que as cotações e os prêmios derreteram. Isto, somado ao clima favorável ao andamento do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras nos EUA, derrubou os preços do cereal na bolsa norte americana, e ao fim do pregão o contrato de julho recuava 19,50 centavos.


O trigo acabou sendo influenciado pelas perdas relevantes do seu vizinho mais próximo, o milho, e encerrou o pregão desta quinta-feira com novas quedas nas bolsas dos EUA. Além dos fatores próprios que já vinham pressionando o cereal nos últimos dias, o recuo relevante do milho, que caiu mais de 3% hoje, “respingou” nos demais grãos aqui citados, por isso ao fim do pregão o contrato de julho do trigo recuava 12,75 centavos na CBOT e 14,75 pontos em Kansas City.

