


A soja apresentou alguma volatilidade neste início de semana, e apesar de não ter oscilado tanto (cerca de 15 pontos), alternou de lado várias vezes no decorrer do dia. O clima no Brasil continua atraindo todos os holofotes, pois o baixo volume de chuvas na região central do país e o excesso no Sul, além de manterem as lavouras já semeadas sob estresse, ainda atrapalham o andamento dos trabalhos de implantação das áreas. Este atraso no plantio coloca em xeque a produtividade pelo fato de que parte das lavouras irá entrar na fase reprodutiva no auge do verão, sobretudo no extremo Sul, além de alterar a duração do ciclo. E os modelos continuam não concordando entre si. Ao lado vemos o mapa de anomalia para os próximos 15 dias conforme o GFS, ainda sinalizando possibilidade de chuva abaixo da média na metade Norte do MT e excessos no RS e SC. Ao fim do pregão o contrato de janeiro caía 1,00 centavo.


O milho foi influenciado mais diretamente pela queda expressiva do trigo e encerrou o pregão desta segunda-feira com perdas moderadas na bolsa de Chicago. O cereal vizinho recuou quase 3% e isto acabou contaminando o milho, por conta da conhecida relação que ambos possuem como substitutos na fabricação de ração animal. A falta de novidades altistas e a possibilidade de aumento na área semeada com milho na Argentina, sobretudo na “safrinha” dos hermanos, acabaram pesando hoje, por isso ao fim do pregão o dezembro recuava 7,75 centavos


O trigo foi o destaque negativo do dia e liderou as quedas vistas nas cotações dos grãos, encerrando o pregão desta segunda com perdas acentuadas nas bolsas dos EUA. Além da manutenção da fraca demanda pelo trigo norte americano na atual temporada, as previsões vão mostrando algumas chuvas na região central do país para os próximos dias, as quais devem beneficiar as lavouras de inverno. A concorrência gerada pelo trigo australiano também pesa, por isso ao fim do pregão o contrato de dezembro do grão recuava 14,50 centavos na CBOT e 12,00 em Kansas City.

