


A soja operou no negativo durante todo o pregão desta terça-feira e encerrou o dia com perdas relevantes na CBOT. Ontem o USDA apontou piora de “apenas” 2% nas condições das lavouras norte
americanas, o que pegou boa parte do mercado de surpresa diante do cenário de escassez de chuvas e
temperaturas elevadas registrado na semana passada no Corn Belt. Além deste fator psicológico
baixista, principalmente se levarmos em conta que a cada semana que passa as lavouras vão ficando mais prontas para a colheita e o clima passa a não importar mais tanto, o trigo caiu cerca de 3%, fazendo o milho recuar 2% e influenciando negativamente também a soja. Em determinados momentos a bolsa chegou a quase zerar a queda, diante da previsão de temperaturas elevadas novamente nos EUA (ao lado), mas no fim prevaleceu o sentimento baixista que fez o novembro recuar 13,25 centavos.



O milho foi influenciado mais de perto pelo seu vizinho trigo e encerrou o pregão desta terça feira com perdas relevantes na bolsa de Chicago. Ontem o USDA apontou piora menor do que o esperado nas condições das lavouras dos EUA, e os investidores tem impressão de que a partir de agora, o clima pouco vai influenciar no rendimento final das lavouras norte americanas, pois mais da metade do milho já está na fase de grão duro. A influência negativa do trigo, que recuou quase 3%, também pesou, por isso ao fim do pregão o contrato de dezembro do milho recuava 9,50 centavos.



O trigo liderou o movimento baixista verificado nas cotações dos grãos e encerrou o pregão desta terça-feira com quase 3% de queda nas bolsas dos EUA. Os preços domésticos na Rússia caíram recentemente diante da menor demanda tanto interna quanto externa pelo cereal, o que acaba pressionando também as cotações dos concorrentes, no caso os EUA. Além disso, as projeções para a safra russa e o bom andamento da colheita da safra de primavera no Hemisfério Norte também são fatores de pressão, por isso o dezembro caiu 16,50 centavos na CBOT e 20,50 em Kansas City.

