A soja apresentou alguma volatilidade nesta quinta-feira, e depois de variar de lado e de oscilar mais de 15 pontos entre mínimas e máximas oleaginosa encerrou o dia com cotações pouco alteradas na CBOT. Mais uma vez o noticiário foi recheado de fatores que influenciaram de formas distintas o apetite dos investidores, sendo que num primeiro momento houve um pouco de vendas especulativas visando realização de lucros depois de dois dias de ganhos razoáveis, depois houve inversão e alta por influência dos demais grãos, e por fim uma acomodação perto da estabilidade. A previsão de chuvas interessantes para a Argentina nos próximos 8 dias (ao lado) tem um pouco a ver com o fato da soja ter descolado das máximas, mas de qualquer forma o bom resultado das vendas semanais norte americanas, as altas dos grãos vizinhos e do petróleo ainda garantiram o pregão de alta. O grão subiu 4,50 centavos no novembro.
O milho foi um dos destaques positivos do dia e encerrou o pregão desta quinta-feira com bons ganhos na bolsa de Chicago. Relatório da CFTC da semana passada mostrou que os fundos estavam vendidos em cerca de 110 mil contratos de milho, e diante desta situação, é natural que em algum momento ocorram recompras de posições. Ainda mais que a situação segue extremamente tensa no Oriente Médio e não seria surpresa acordar com o petróleo disparando 4-5%, o que influenciaria certamente os grãos. Ao fim do pregão de hoje o milho subia 13,00 centavos no dezembro.
O trigo também foi um dos destaques positivos do dia e encerrou o pregão desta quinta-feira com ganhos de moderados a relevantes nas bolsas dos EUA. Como comentamos no milho, os fundos também estavam bem vendidos em trigo, por isso é natural pensar em recompras em algum momento. Como o clima continua pouco amigável tanto na Argentina quanto na Austrália, os fundos consideram que é hora de recomprar um pouco, por isso ao fim do pregão o dezembro subia 13,75 centavos na CBOT e 5,75 pontos em Kansas City.
