Soja
A soja manteve o tom baixista da sexta-feira e encerrou o pregão desta segunda com perdas relevantes na bolsa de Chicago. Desde o noturno a oleaginosa já demonstrou tendência de continuar no vermelho hoje, e boa parte disso se deve às previsões climáticas para os próximos dias na América do Sul. Hoje resolvi mudar, postei ao lado o mapa do modelo Europeu, um dos que mais o mercado também acompanha, o qual mostra chuvas razoáveis para a Argentina até o final do mês, além de grandes acúmulos para o PR, SC, Norte do RS e Paraguai, o que ainda é visto como preocupante porque pode acabar gerando a necessidade de replantio. Por volta das 12h, com a divulgação do relatório de inspeções semanais de exportação dos EUA (que veio próximo à expectativa máxima) a bolsa chegou a zerar as quedas, mas depois voltou a operar com perdas razoáveis. Ao fim do pregão o contrato de novembro do grão caía 15,50 centavos.
Milho
O milho também esteve no vermelho durante praticamente toda a jornada desta segunda-feira, e ao fim do pregão o contrato de dezembro do cereal recuava moderadamente na CBOT. Ao contrário da soja, as inspeções de exportação dos EUA vieram mais para o lado baixo das estimativas, enquanto o line-up brasileiro mostra que devemos exportar quase 10 milhões de toneladas de milho neste mês, e este “roubo” de mercado norte americano justo quando eles estão colhendo uma das maiores safras de sua história acaba gerando pressão sobre as cotações. Por isso o dezembro recuou 5,25 centavos.
Trigo
O trigo teve um pregão de poucas emoções e depois de oscilar razoavelmente no decorrer da jornada o cereal encerrou o dia com cotações pouco alteradas nas bolsas dos EUA. É até engraçado, pois as inspeções de exportação do país vieram boas para a soja e esta fechou em baixa, e vieram ruins para o trigo e este fechou com leve alta. Ou seja, nada faz muito sentido mesmo, e isso ocorre há algum tempo. Sem novidades relevantes que pudessem influenciar mais o apetite dos investidores, ao fim do pregão o dezembro subia leves 1,25 centavos na CBOT e 0,75 em Kansas City.
