
Soja

A soja operou em alta durante praticamente toda a jornada desta terça-feira e encerrou o pregão de hoje com ganhos de dois dígitos na bolsa d Chicago. Ontem quando o USDA apontou no fim da tarde que a colheita nos EUA avançou mais do que o esperado na última semana imaginei que poderíamos ver um pregão negativo hoje, mas como temos comentado há algum tempo, o mercado tem prestado um pouco mais atenção ao que ocorre na América do Sul desde setembro, quando a safra dos EUA já parecia definida. A onda de calor que atinge a
região central do Brasil, o baixo volume de chuvas previsto para a região no curto prazo e o excesso de
precipitações no Sul do país, além da seca persistente na Argentina, deram o tom do pregão de hoje. Além disso, os problemas de navegabilidade no Rio Mississipi persistem por conta do baixo nível das
águas, também dando suporte às cotações. Por conta disso o novembro subiu 10,50 centavos.
Milho

O milho oscilou razoavelmente hoje, não em spread, mas em alternância entre os territórios positivo e negativo, mudando de lado várias vezes no decorrer do dia e encerrando a jornada com cotações pouco alteradas na bolsa de Chicago. O cereal ficou divido entre os ganhos de dois dígitos da soja e as perdas moderadas do trigo e encerrou o dia perto da estabilidade, numa aparente falta de entusiasmo por parte dos investidores. Ao fim do pregão, o contrato de dezembro do grão caía 1,00 centavo.
Trigo

O trigo acabou demonstrando alguma fraqueza e encerrou o pregão desta terça-feira com cotações mais baixas nas bolsas dos EUA. O mercado tem a sensação de que a China, país que se tornou um relevante importador global nos últimos anos, estaria voltando seu foco para o trigo australiano (em detrimento do norte americano), e esta falta de uma demanda externa mais agressiva favorece as vendas especulativas. A previsão de chuvas benéficas às lavouras de inverno dos EUA também pesou, por isso o dezembro caiu 6,75 centavos na CBOT e 2,00 pontos em Kansas City.



