Num primeiro momento a soja manteve o tom negativo da véspera, mas aos poucos o mercado se tornou comprador e a oleaginosa inverteu para o positivo, chegando a estender um pouco os ganhos
até o fechamento. O óleo continua sob pressão, “herdando” um momento negativo do seu vizinho malaio, enquanto o petróleo também recuou mais um tanto, fatores que exerceram pressão sobre o grão pela manhã. Depois, a previsão de chuvas para a região central e norte dos EUA, que poderia causar algum estrago às lavouras que ainda estão “em pé”, além da continuidade das chuvas volumosas no Sul
do Brasil e Paraguai, fomentaram um pouco de compras especulativas, ainda mais diante da situação sobre vendida em que o mercado se encontra. A tarde foi noticiado que representantes chineses acertaram uma compra grande de soja dos EUA durante visita ao estado de Iowa, o que também deu suporte, por isso o novembro subiu 8,50 cents.
O milho seguiu rumo um pouco diferente do da soja hoje e encerrou o pregão desta terça-feira com perdas moderadas na bolsa de Chicago. O milho é sabidamente mais resistente à possíveis chuvas em excesso (depois de maduro) do que a soja, por isso a previsão de umidade para a região central e norte dos EUA não afetou o cereal. A previsão de chuvas para a Argentina nos próximos 10-15 dias, onde a semeadura caminha a passos lentos por conta da falta de umidade no solo, e a nova queda do petróleo também pesaram, por isso ao fim do pregão o dezembro caía 6,25 centavos.
O trigo também apresentou fraqueza e encerrou o pregão desta terça-feira com perdas moderadas nas bolsas dos EUA. Chuvas recentes e previsão de novas precipitações para os próximos 10 dias tanto na Argentina quanto na Austrália tendem a interromper as perdas na safra destes importantes produtores e exportadores globais, enquanto nos EUA a previsão de chuva para a região central do país também deve ajudar a safra de inverno, o que causou vendas especulativas. Ao fim do pregão o dezembro caía 6,75 centavos na CBOT e 7,75 pontos em Kansas City.
